O estudante
de medicina Marcos Vitor Dantas Aguiar Pereira, de 22 anos, continua foragido
após confessar o crime de estupro de vulneráveis à própria família. Ele abusou
de sete crianças, sendo duas delas suas irmãs, com idades de 3 e 9 anos, filhas
da madrasta.
Marcos
atualmente mora em Manaus e cursa medicina na Universidade Nilton Lins, zona
centro-sul da capital amazonense. Desde que o caso ganhou repercussão nacional,
ele fugiu da cidade e ninguém sabe o paradeiro dele.
Segundo
informações da família, a mãe dele morou em Portugal por muitos anos e ele tem
visto para os Estados Unidos.
O caso veio
à tona em julho, quando a advogada Priscila Karine suspeitou do comportamento
de sua filha, de apenas 12 anos. A criança apresentava quadro depressivo, além
da automutilação, e após investigação da mãe confirmou os abusos cometidos por
Marcos.
“Minha filha estava com depressão e se automutilando, a gente conversava com ela e começamos a suspeitar de alguma coisa de abuso, porque ela teve um episódio de um sangramento injustificado. Fomos investigar, mas nunca descobrimos a causa e ela, até então, nunca contou nada, até que uma prima disse que o Marcos Vitor estuprava minha filha desde os 5 anos de idade, e finalmente ela me confirmou, mas ela só conseguiu falar porque tem dois anos que ele foi para Manaus. Nesse primeiro momento, o Marcos confirmou o abuso sexual de minha filha, contudo, nós continuamos investigação e depois fomos descobrir o caso da minha sobrinha, irmã dele”, relatou Priscila.
Após o
crime ser revelado à família, a segunda vítima também denunciou os abusos
sofridos. Trata-se da irmã de Marcos, que tem 9 anos de idade. Em seguida, mais
duas sobrinhas e outras duas primas do suspeito disseram também ter sofrido
abusos.
Ainda se
investiga uma sétima vítima, uma criança de 3 anos que também é irmã do
acusado. O caso está sob investigação da Polícia Civil através da Delegacia de
Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
Nas redes
sociais, Priscila iniciou uma campanha para que possíveis outras vítimas possam
denunciar os abusos sofridos.
Priscila
conta que ele confessou o crime cometido e pediu desculpas “ele confessou,
pedindo desculpas, não se defendeu, disse: ‘essa foi uma parte escura da minha
vida que me envergonha muito e que eu nunca queria voltar. Não existe nada que
justifique o que aconteceu, nada que me exima. Eu só posso pedir perdão pra
você e pra toda a família que sempre me acolheu muito bem'”, disse a advogada,
citando um trecho de mensagem escrita por Marcos.
A médica
Paula Cristine, irmã de Priscila e tia das vítima afirmou que vai lutar para
que Marcos seja preso e condenado.
“A gente
não vai sossegar enquanto ele não for preso, todos os dias a gente vai postar
nas redes sociais, a gente vai na delegacia, a gente ajoelha, pede, implora, a
gente quer Justiça e não vamos nos calar”, afirmou.
Marcos se
pronunciou através de postagem no Instagram na qual informa que prestará
esclarecimento às autoridades e agradece o “apoio nesse momento”.