A
Justiça determinou a prisão preventiva do médico ginecologista peruano, naturalizado
brasileiro, Gonzalo Arturo Buleje Revatta, de 51 anos. Ele é acusado de
diversos crimes de assédio sexual contra pacientes em cidades do Maranhão,
especialmente em uma clínica no município de Rosário.
A
decisão, assinada pelo desembargador Antônio Fernando Bayma Araújo, é do Tribunal
de Justiça do Maranhão (TJMA). Até o momento, Gonzalo Revatta respondia em
liberdade pelos crimes e está foragido.
Relato das vítimas e investigação
Em
um dos casos, uma das vítimas, de 26 anos, relatou os supostos abusos à Polícia
Civil. Ela disse que foi abusada sexualmente por meio de diversas carícias e
toques, por vários minutos, além de ser colocada em diversas posições sexuais
com perguntas de cunho erótico.
"Nós
entendemos que uma consulta, um exame ginecológico existe o limite de alguns contatos,
de alguns procedimentos médicos devem ser adotados. Entretanto, a
situação
trazida pela vítima foge de qualquer padrão de legalidade", declarou o delegado
de Rosário, Ivônio Ribeiro.
O
médico chegou a ser preso em flagrante e foi constatado que já existem outras ocorrências
da mesma natureza. Gonzalo Arturo Buleje Revatta foi encaminhado para a Unidade
Prisional de Rosário e o Ministério Público chegou a pedir pela conversão da prisão
em preventiva, mas o médico foi solto na Audiência de Custódia.
Em
contrapartida, o ginecologista teve que entregar o passaporte, foi proibido de
viajar para cidades fora da comarca de Rosário e de entrar na Super Clínica da
Família, onde ele é proprietário e fazia os atendimentos. Ele também teve o
direito de exercer a medicina suspenso pela Justiça.
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