O maranhense Gilberto Rodrigues dos Anjos, preso na última segunda-feira (27) após o brutal assassinato de uma mãe e três filhas em Sorriso (MT), agora enfrenta acusações relacionadas a um crime cometido em Mineiros, no sudoeste goiano. O crime em questão é um latrocínio envolvendo o jornalista Osni Mendes, morto em 2013.
Segundo a denúncia do Ministério Público de Goiás, durante a madrugada de 22 de dezembro de 2013, Gilberto conheceu o jornalista Osni Mendes em um bar da cidade de Mineiros.
Os dois teriam começado a conversar, até que Osni ofereceu uma carona ao acusado para irem até outro bar.
Gilberto aceitou o convite e os dois entraram no carro do jornalista. Durante o trajeto, Osni parou o carro, alegando que iria fazer xixi e ofereceu que Gilberto também descesse do veículo para esticar as pernas.
Segundo o acusado, quando os dois estavam fora do carro, Osni tentou beijá-lo à força e ele reagiu lhe empurrando e dando socos no rosto. A partir disso, os dois homens entraram em luta corporal, até que Gilberto nocauteou o jornalista com murros. Em seguida, usou a camisa da vítima para enforcá-la, causando sua morte.
Segundo o inquérito policial, depois do crime, Gilberto fugiu no carro do jornalista e se escondeu na chácara de um amigo. Com o passar dos dias, passou a usar o carro da vítima para buscar cervejas. Ele foi encontrado pela polícia cinco dias depois do crime em um bar de Mineiros.
Ao ser abordado pelos policiais e questionado sobre a origem do carro, Gilberto não reagiu e confessou o crime. Ele foi preso em flagrante e levado para a delegacia.
Como o jornalista foi morto com extrema violência e Gilberto fugiu da cena do crime, o delegado da época pediu à Justiça que a prisão dele fosse convertida em preventiva.
Embora tenha ficado detido por mais de 160 dias, uma decisão judicial em junho de 2014 resultou no relaxamento de sua prisão devido ao excesso de prazo na conclusão do inquérito policial.
O acusado foi liberado, tornou-se foragido e somente agora, com sua prisão em MT, o processo do assassinato de Osni foi atualizado para réu preso pela Justiça de Goiás.
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