Uma mulher de 56 anos, identificada como Adriana Maria de Oliveira Furtado, natural de Joinvile (SC), foi presa pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na tarde da última terça-feira (21), no km 158 da BR-316, no município de Nova Olinda do Maranhão.

A suspeita, que estava de carona em um veículo Fiat/Toro, era procurada por diversos crimes de estelionato aplicados em diversas regiões do Brasil, incluindo um golpe que gerou um prejuízo de R$ 1 milhão de reais a uma agência bancária no sul do país.

A equipe da PRF abordou o veículo durante uma fiscalização de rotina. Ao verificar os documentos dos ocupantes, os policiais constataram que a passageira possuía um mandado de prisão em aberto pelo crime de estelionato, expedido pela Delegacia da Polícia Civil do Estado de Alagoas.

Durante a revista pessoal, foram encontrados com a suspeita 13 cartões bancários e três outros tipos de cartões, de origem duvidosa.

Diante das informações obtidas, a mulher foi presa em flagrante e encaminhada à Delegacia de Polícia Civil local, onde ficará à disposição da justiça.

Ficha criminal

A ficha criminal de Adriana Furtado inclui 51 processos de estelionato, entre eles constam como vítimas uma desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia e uma Ministra do Superior Tribunal de Justiça, cujo nome não foi revelado. Ela já deu um prejuízo superior a R$ 1 milhão em uma agência bancária de São Paulo e chegou a confessar que comprou uma casa em Joinville por R$ 3 milhões à vista.

Primeiro golpe

Em uma das prisões, em 2018, Adriana revelou que cometeu seu primeiro estelionato aos 18 anos em Joinville. Como não tinha dinheiro para comprar seu vestido de noiva, ela falsificou a assinatura da irmã no talão de cheque.

A vítima preferida eram as agências bancárias. A imprensa paulista registra que, em julho de 2008, ela causou um prejuízo de R$ 400 mil em uma agência da Vila Mariana. Em outra agência o prejuízo seria superior a R$ 1 milhão.

Prisão em flagrante

Adriana foi presa, em 2018, no Rio Grande do Norte após a Polícia Civil ser avisada pelos serviços de inteligência de outros estados que a “maior estelionatária do Brasil” estaria em Natal. Ela foi presa em flagrante em um posto de gasolina ao lado de um homem que disse ser seu marido. Adriana estava com quase 50 cartões de diversos tipos, dentre eles, cartões de crédito/débito de agências bancárias, cartões de lojas de departamentos, cartões de planos de saúde (um deles de Joinville), cartões de seguradoras, 63 comprovantes de depósito, talões de cheques, 18 envelopes para depósito em agências bancárias todos em nome de terceiros, documentação para abertura de conta-corrente. Os policiais civis também apreenderam o veículo Toyota Corolla Etios, cor prata, placas de Joinville, além de dois aparelhos celulares. Ainda segundo a polícia, ela utilizava seis CPFs.

Modus operandi

À época, o delegado revelou à imprensa que Adriana “agia de modo peculiar, sem apresentar nenhum documento de identidade, procurava um gerente ou funcionário que parecesse mais simpático e, na conversa, o convencia que era cliente e que teria ido até aquela instituição pegar cartões e cheques”.

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